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quarta-feira, 15 de abril de 2020

Por onde for floresça





Por onde for floresça

Não importa o que aconteça
Confio no meu Criador
Sustentador desde o princípio
Meu soberano Senhor
Caminho seguindo
Confiando no seu amor
Mesmo entre espinhos
Continuo seguindo e florindo
Na graça do caminho que ele mesmo preparou.

Mais um ano se passa e temos 25 anos

Bom, tem um tempo considerável que eu não escrevo. E eu não sei o porquê sempre justifico isso no blog, pois só escrevo pra mim mesma. Eu que leio, eu que curto, eu que compartilho...se eu não for uma seguidora engajada de mim mesma nesse negócio ninguém será kkkkk.
Eu nunca fiz postagem de aniversário, na verdade é sempre uma data complicada pra mim, então eu escrevo coisas sobre isso no meu caderno de anotações pessoais. Minha crise é (ou era) ver que o tempo estava passando e isso vir acompanhado de um misto de sensações de que nada estava mudando na velocidade em que eu esperava, então por conta disso eu tinha a sensação de estar "atrasada".
E eis que estou em um momento de fazer as pazes com essa data, não apenas com ela, mas também com várias questões internas.
Eis um trecho de um texto muito bom que me representa muito nesse momento:

"As mudanças estão lá fora e aqui dentro de nós, mas precisamos prestar atenção às sutilezas. As estações são exercícios de atenção. Um vento que sopra mais frio, a luz mais alaranjada ao final do dia. Uma estação de espera e reflexão, outra de criatividade e produtividade. É preciso ter olhos para ver a mudança dentro de nós e respeitá-la. Admirá-la. Mudar o ritmo sugerido por ela. Deixar que ela nos molde e ensine o que precisamos aprender neste momento. Ver qual é o ritmo necessário para o momento presente." Vanessa Belmonte.

Ao longo desses 25 anos, eu já tive várias estações e respeitar os ritmos da vida é algo que venho aprendendo recentemente. Eu sempre me projetei no futuro: "amanhã eu quero isso, daqui a alguns meses será assim, em 1 ano estarei fazendo aquilo...". No entanto, a vida tem me ensinado mais do que tudo que as estações são parte de momentos que vivemos. Olhar e aproveitar ao máximo esse presente chamado hoje traz um jeito mais leve de ver a vida. É nas pequenas coisas do dia-a-dia que construímos nosso amanhã. E se hoje eu vivo um inverno em minha vida, sei que também haverá espaço para a primavera e o verão, assim como as demais estações. Isso me faz querer enxergar mais das sutilezas do momento presente: a espera, o cansaço, o céu e o sol contemplado no horário do almoço, ao invés de pensar lá na frente e de cobrar de mim uma postura sempre vanguardista. 
Sei que hoje o tempo não me permite pausas longas, sessenta horas de minha semana são comprometidas com o trabalho e faço malabarismo com as outras que sobram. Sei que isso também vai passar, então vivencio cada momento dessa jornada tirando o máximo proveito que posso. 
Agora, olhar as sutilezas e mudanças dentro de mim, são tarefas mais difíceis, olhar para essas mudanças e respeitá-las tem me feito crescer e aprender com o sofrimento e aplicar o que é necessário para o ritmo vivenciado dentro e fora de mim.

Que venham mais anos e com eles novos(velhos) ritmos para aprender e crescer.


Texto escondido de 09/06/2019

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Não se arrependa de ter amado

                                                                         
Não. Não me arrependo de ter amado, de ter acreditado e de ter lutado até certo ponto acreditando que daria certo.

Não me arrependo de ter arriscado, feito promessas, tirado fotos. Sei que foi genuíno, todos os desejos de uma vida juntos.


Mas tive serenidade em meio ao sofrimento de perceber que não daria certo, abri os olhos, enxerguei com a cabeça e com o coração, fui congruente às minhas convicções. E segui. Sigo em frente sem olhar para trás, com paz nas minhas escolhas. Não há arrependimento, não há rancor.

Há saudade, inerente ao processo e ao sentir, não nego. Assim sigo. A vida tem dessas coisas, mas por fim eu confio. Confio no Eterno, que me guia soberanamente.


Um quase Adeus

Pode ir. Vai lá. Pegue suas roupas.
Tire sua presença física, pois seus sentimentos nunca estiveram aqui.
Talvez sempre vagaram distante de nós.
Não faz diferença para quem é marcado por rupturas.
Desde cedo o adeus é meu sobrenome.

Texto de 2015.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Little joy

É aquela faísca
Uma pitada de sorriso
Em meio a uma noite escura
De mágoas e lágrimas.

Rascunho antigo, não lembro nem o porquê escrevi.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Coisas de Rebecca

Nossa, quanto tempo tem que não escrevo nesse blog e revisitar o que foi publicado anteriormente me causa um certo estranhamento, tantas coisas aconteceram...mas, hoje estou aqui para partilhar de algo um pouco particular. Sobre meu processo psicoterapêutico, como sempre disse e defendo, Psi tem que fazer terapia :-D.

Mais um dia de terapia, depois de longas 2 semanas de incompatibilidade de agendas, sento nesse sofá, nesse momento de encontro e confronto. Não vejo motivos aparentes ou assuntos específicos para falar, mas vou soltando uma história aqui e outra lá, fazendo minha linha do tempo, em busca de sentido.  Quando acabo de falar sou pega naquela mesma pergunta que me desconcerta até hoje: - E o que você sente? Poxa...se não consigo nem "racionalizar" sobre isso, não vou conseguir nem falar sobre o que sinto. Isso foi o que pensei, mesmo permanecendo em silêncio. Depois de conseguir, como de relance, lembrar de uma história difícil ocorrida na semana logo sinto que as coisas deram uma clareada.
- E o que você sente em relação a esse fato ocorrido? - Sinto dor. Isso dói.
- Então pega alguma coisa que possa representar essa dor.
Lá vou eu e pego a primeira almofada que me aparece na frente.
- O que você faz com sua dor?
Sem precisar pensar duas vezes, pego a almofada e escondo debaixo de uma manta que estava sobre o sofá, sento em cima. Sou questionada sobre o possível incômodo disso e digo que incomoda.
- Serio? Não parece, olha a sua postura.
E lá estou eu, coluna ereta, pernas cruzadas, lágrimas nos olhos. Logo penso, poxa vida, é isso que faço sempre? Escondo? Finjo que não tá acontecendo nada?
- Pega essa almofada maior ai, vamos ver o que acontece.
Mesmo vendo que seria ruim ficar em cima de uma almofada daquela, lembro que ela não é mais almofada, ela é minha dor.
Vou e escondo novamente. Sento em cima. Pernas cruzadas, postura ereta. Não sei se rio ou se choro vendo como ajo na vida, vendo a situação desse jeito tão escrachado. Sinto o incômodo, mas minha postura não muda.
Trocamos de papel, me ver nessa situação enxergando o outro fazendo o que faço deixa tudo mais claro. Como aprendi a ser assim? Pra quê ser assim?
Reflexões e cabeça borbulhando nesse pós confronto comigo mesma. Vida que segue, sei que terei tempo e espaço para entender e experimentar outras formas de sentir e agir.

E você, o que faz com sua dor?





sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Estágio e Vida acadêmica

Aí está você, todo lindão, sua vida acadêmica indo de vento em polpa, daí você decide que precisa praticar aquilo que está aprendendo. As aulas vão se passando e você se angustia de estar sentado na cadeira vendo aquele "bando" de teoria e pensando como aquilo se aplicaria na prática.
Pois é queridão, isso é um dos sinais que indicam que você está precisando procurar um estágio.

O estágio nada mais é do que um trabalho com finalidade educativa e de experiência, sua carga horária é reduzida e você recebe um trocadinho, ou nem isso, caso seu estágio seja voluntário.

Remunerado ou não, a carga de aprendizagem (dependendo do local e da área em que você pretende estagiar) é muito mais rica do que você ficar aí se angustiando na cadeira da faculdade. E vai por mim, tudo relacionado ao assunto que envolve o seu estágio, na faculdade ganha um novo significado, você compreende bem melhor por viver (ou não viver) aquilo que está sendo descrito.

Tudo que foi elencado até aqui, está relacionado à minha experiência pessoal de estágio que fiz em uma empresa do ramo hospitalar, na parte organizacional. Embora tenham sido apresentados para mim os livros da psi utilizados como base para a elaboração e execução dos processos, digamos que eu não tive AQUELE tempo para mergulhar na leitura, mas como o aprendizado possui uma fluidez entre a prática e o ensino verbal, posso dizer que aprendi muito ouvindo, vendo e praticando os processos.

E olha só, um detalhe relevante para essa experiência foi que eu nunca havia trabalhado nessa minha vidinha, 20 anos sem saber o que era um trabalho! Então eu tinha no meu imaginário a visão mais catastrófica possível do que era um ambiente de trabalho, com coisas do tipo: chefão chato e malvado, colegas de trabalho frios e distantes, cobranças, cobranças e nada de ver o retorno do trabalho realizado (sim meus caros, minha "mente" catastrófica me preparou para o pior).

Só que, quando eu lembro disso eu tenho vontade de rir, mesmo tendo construído uma visão do que era o trabalho a partir do relato de experiências prioritariamente RUINS acerca do que era trabalhar, posso dizer com muita felicidade que eu "paguei a língua". Eu fui extremamente bem recebida, treinada e tive todo apoio possível para execução de minhas tarefas com qualidade, aprendi do que era compartilhar um pouco da vida com os colegas de trabalho, vi que trabalhar no dia 31 de Dezembro (véspera de ano novo) não era tão ruim quando se tem um ambiente com o clima legal para trabalhar. Conheci profissionais da psicologia éticos e comprometidos, senti na pele o que era um trabalho interdisciplinar com profissionais de outras áreas. Enfim, muitos dirão que tive sorte, mas digo que foi graça divina mesmo.

Mas pera aí, você não sofreu nenhum pouquinho? Olha, e como...acha que é tudo um mar de flores? Senti o cansaço na pele, daquele dia que a gente chega em casa em véspera de prova e mal consegue abrir o olho pra revisar um texto, ou no dia que você volta do estágio se sentindo uma bosta por não ter conseguido concluir o que planejava para o dia, lidar com pessoas de outros setores que não entendiam seu trabalho, tive que lidar com minha esquiva de ligações telefônicas: falar com pessoas de hierarquia elevada na empresa e podar a fala para lidar com quem era de um setor operacional, enfim. Tudo isso faz parte, creio que foi uma amostra dos desafios que virão após a minha formação.

Por fim, digo que sou grata, por todo apoio e acolhimento recebido, pelos desafios e limitações encontrados na prática da psicologia organizacional e pelo alívio de ter feito meu trabalho da melhor maneira. E o melhor, por ter feito laços preciosos. E tu? O que está esperando para cadastrar seu currículo?

Segue abaixo o link de alguns sites de estágios:
http://www.ciee.org.br/portal/index.asp
http://www.institutofecomerciodf.com.br/if-estagio-como-participar/
http://www.ieldf.org.br/