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sábado, 17 de maio de 2014

Confissões de uma estudante de Psicologia



Quando pensei em fazer psicologia, tinha uns 9 ou 10 anos, muito cedo né? Mas não foi escolha definitiva, o curso só entrou pro hall de possíveis escolhas porque durante a vida escolar surgiram muuuuuuuitas outras opções, mas a Psicologia estava lá... intacta!
Perguntei para conhecidos que faziam o curso sobre como ele era e posso colocar as respostas genéricas todas aqui: "é um curso legal", " é maravilhoso", "tem que ler demais", " se você quer ganhar dinheiro, cai fora desse curso pq vc não ficará rica"... nada de novidade né?
Até que um dia ouvi algo incomum, ouvi um: - "Psicologia? Tem certeza? Comecei esse curso e não aguentei, é forte demais!" Confesso que não entendi bulhufas do que a pessoa queria dizer com "forte"ou "não aguentei"! Como assim? Pensei maleficamente: - Claro que você não conseguiu querida, você não bate bem das ideias, o que há de tão forte? O sofrimento? Ah, a vida é assim, mas eu vou estudar, ler... coisa e tal e pronto. Não é assim que a gente aprende as coisas?
Doce engano, ou melhor dizendo amargo engano!
Não quis me prender a estereótipos do tipo: "todo mundo que faz psicologia é porque tem problemas" ou "todo mundo que faz psicologia é doido", negava isso veementemente! Que isso.. é um curso de pessoas equilibradas, que sabem sobre si e querem ajudar os outros... os outros que precisam de ajuda! OUTRO engano, já te adianto que paguei a língua tá? Não precisa ficar aflito!
O grande outro sou eu mesma, eu que sou uma reles mortal, eu que preciso de ajuda. De onde surgiu essa onipotência inexistente e desmedida?
Quem faz psicologia é louco sim, mas isso não faz de você que não faz alguém "normal" até porque explicar esses próprios termos é um saco de tão complicado quando surge o tal do "depende disso ou daquilo".
E vou parando por aqui, com gostinho de quero mais até pra mim! Posso gastar algumas partes falando como cada pensamento meu pré concebido foi caindo, um a um e quer saber? Me sinto feliz por isso! É bom saber que estava errada, faz eu me atrelar a essa minha condição humana que me permite falhar e recomeçar. Enfim... por hoje é só!




P.S: esse é o início uma série de escritos chamada "Confissões de uma Estudande de Psicologia"! Vamo que vaamo!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Textos alheios parte 2


Amo textos, poemas, reflexões de gente que já morreu (principalmente da galerinha do modernismo e companhia: tia Cecília Meireles, tio Carlos Drummond de Andrade, Oswald...) Mas aqui, nesse espaço, eu prefiro texto que quem os corpos ainda exalam vida e de preferência alguém que eu possa dizer: oi colega, posso postar seu texto? Mas por que fazer isso? Estamos numa era digital e de um compartilhamento em massa de conteúdos os quais você não precisa fazer isso! Copie, compartilhe, coloque o nome se quiser, põe como se fosse seu... como se internet fosse Terra de ninguém e eu me recuso a seguir esse padrão internético (eu e meus neologismos 'nada a ver'). Aspas parecem não ser o suficiente, então adotei esse padrão intimista de humildemente ter o aval de quem escreve!

Tá aqui um texto do Sabino que de forma muito sutil, encheu meu feed de notícias do facebook de alegria quando começou a postar alguns textos, coisas simples, coisas da vida, a simplicidade às vezes pode ser confundida como algo superficial, mas não é! Na verdade, ela revela a profundidade de aspectos mais tênues de nós mesmos!

Apaixonou? Shiii, ferrou. 
"Vira e mexe a gente é surpreendido por declarações de casais apaixonados nas redes sociais. E antes de qualquer critica ou observação, gostaria de confessar que já estive nesse meio, ou provavelmente estarei daqui um tempo. Mas tem coisa que a gente só observa quando esta sóbrio, com a cabeça no lugar. Vem comigo, vamos fazer uma analise sobre a situação...

Primeira coisa, você jura que será pra sempre. E os argumentos são bem 'racionais': Um anjo me disse, nunca senti isso por ninguém, sinto que agora é pra valer, a gente se completa, nascemos um para o outro, e blá blá blá.
Caaaaalma, não to dizendo que vocês não vão ficar juntos, mas toma cuidado com o que anda prometendo, quem promete demais não foca na caminhada. Não vê os políticos?

Segundo, a tragédia que custa caro depois. A empolgaçao de estarem juntos é tanta, que não tem tempo pra mais nada nem ninguém. Você se afasta dos amigos e diz que seu melhor amigo é o seu amor. Ui, que lindo. Sair com a galera só se estiver com o love, se divertir só se estiver com o love, fotos no instagram só se estiver com o love, e tudo sem o love perde a graça, o sentido, as cores, e etc. (Deu nojo só de digitar).
E quando terminar? Vai chorar e morrer no colo de quem? 'Mas a gente nao vai terminar, esse amor é eterno'.

E a pior parte de todas. Geralmente quando se está apaixonado, a gente quer expor o que realmente sente pra pessoa amada. E quando surge a ideia de escrever algo, lascou. Sei que tem gente que se controla, amadureceu o suficiente pra se frear, mas a outra parte não quer nem saber, fala o que 'sente' e quanto mais 'bonito e romântico', melhor.
Mas acredite, tem coisas que deveriam ser proibidas de serem escritas, pro seu próprio bem!
'Você é minha VIDA!' , 'Nao sei mais viver sem você!', 'minha vida só tem sentido se tiver você!', 'é esse sentimento que me deixa viva!'.

NAAAAAAAOOOOOOOO!!!!! Nao, Nao e nao... Ta bom? Tranquilo? 
Eu entendo que a pessoa esteja apaixonada, mas percebe o que diz? Em outras palavras é mais ou menos assim: 'minha vida era uma merda, e passou a ter sentido quando você chegou'. 'Eu não sou nada interessante, e só me torno alguem porque você ta aqui'. 'Se você terminar comigo, se prepara, se eu morrer a culpa é sua'.

Eu sei que não é essa a intenção, mas avalie o que diz, mesmo que possa parecer bonitinho. Tenho certeza que um psicólogo faria uma analise sinistra em cima dessas falas. A menos que você tenha 12 anos e esteja apaixonada pela primeira vez, tudo bem. No mais, não é responsável dizer isso. Ou então, me manda cuidar da minha vida e me ignore. Beijos vida! Hahaha


Sabino Junior.

O que eu achei do texto? É simplesmente a tradução do que eu penso quando vejo essas demonstrações de amor eterno (com 1 semana de namoro) via face, instagram e por aí vai! Antes sinceramente me dava uma ira santa  (mentira Rebecca, a ira não tem nada de santa...rs..rs). Hj eu dou uma risada, e falo: Senhor, não deixa eu ficar assim!