Bom, tem um tempo considerável que eu não escrevo. E eu não sei o porquê sempre justifico isso no blog, pois só escrevo pra mim mesma. Eu que leio, eu que curto, eu que compartilho...se eu não for uma seguidora engajada de mim mesma nesse negócio ninguém será kkkkk.
Eu nunca fiz postagem de aniversário, na verdade é sempre uma data complicada pra mim, então eu escrevo coisas sobre isso no meu caderno de anotações pessoais. Minha crise é (ou era) ver que o tempo estava passando e isso vir acompanhado de um misto de sensações de que nada estava mudando na velocidade em que eu esperava, então por conta disso eu tinha a sensação de estar "atrasada".
E eis que estou em um momento de fazer as pazes com essa data, não apenas com ela, mas também com várias questões internas.
Eis um trecho de um texto muito bom que me representa muito nesse momento:
"As mudanças estão lá fora e aqui dentro de nós, mas precisamos prestar atenção às sutilezas. As estações são exercícios de atenção. Um vento que sopra mais frio, a luz mais alaranjada ao final do dia. Uma estação de espera e reflexão, outra de criatividade e produtividade. É preciso ter olhos para ver a mudança dentro de nós e respeitá-la. Admirá-la. Mudar o ritmo sugerido por ela. Deixar que ela nos molde e ensine o que precisamos aprender neste momento. Ver qual é o ritmo necessário para o momento presente." Vanessa Belmonte.
Ao longo desses 25 anos, eu já tive várias estações e respeitar os ritmos da vida é algo que venho aprendendo recentemente. Eu sempre me projetei no futuro: "amanhã eu quero isso, daqui a alguns meses será assim, em 1 ano estarei fazendo aquilo...". No entanto, a vida tem me ensinado mais do que tudo que as estações são parte de momentos que vivemos. Olhar e aproveitar ao máximo esse presente chamado hoje traz um jeito mais leve de ver a vida. É nas pequenas coisas do dia-a-dia que construímos nosso amanhã. E se hoje eu vivo um inverno em minha vida, sei que também haverá espaço para a primavera e o verão, assim como as demais estações. Isso me faz querer enxergar mais das sutilezas do momento presente: a espera, o cansaço, o céu e o sol contemplado no horário do almoço, ao invés de pensar lá na frente e de cobrar de mim uma postura sempre vanguardista.
Sei que hoje o tempo não me permite pausas longas, sessenta horas de minha semana são comprometidas com o trabalho e faço malabarismo com as outras que sobram. Sei que isso também vai passar, então vivencio cada momento dessa jornada tirando o máximo proveito que posso.
Agora, olhar as sutilezas e mudanças dentro de mim, são tarefas mais difíceis, olhar para essas mudanças e respeitá-las tem me feito crescer e aprender com o sofrimento e aplicar o que é necessário para o ritmo vivenciado dentro e fora de mim.
Que venham mais anos e com eles novos(velhos) ritmos para aprender e crescer.
Texto escondido de 09/06/2019