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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

História dos cachos - Parte 2

Adolescência

          Então, avancemos para adolescência! O ápice das crises existenciais capilares, no qual eu resolvi alisar o cabelo e ganhar minha "liberdade". Depois de tentar de tudo - menos o que parecia óbvio - eu pensei seriamente que meu cabelo precisava de umas intervenções urgentes! Antes de alisar, aos 12 anos eu tive a ideia brilhante de fazer um franjão. Na época foi moda, então você podia ver milhares de meninas com franjão e o cabelo cacheado lambido e pingando de água. Eu me achei linda, uau... uma franja lisa, não satisfeita comecei com um tal de alisamento pra abaixar a raiz.
        Ficou "lindo", sério! Aprovação social foi o que não faltou, não sei se tu sabes mas pra um adolescente a aprovação social é tudo nessa vida! É quando negamos parte de nós pra se apegar a uma identidade grupal, o bom é que quando isso passa resgatamos parte do nosso eu, enfim...voltando à história os problemas só começaram quando o cabelo foi crescendo porque no início era bacana ver aquela raiz lisinha e o resto do cabelo com cachos bem abertos, no entanto o cabelo foi crescendo e ficando aquela coisa nem lisa e nem cacheada e o cabelo elástico, quebradiço e cheio de pontas duplas.
          Eu não julgo quem alisa o cabelo, mas acho que a pessoa precisa passar por um juízo crítico com relação a si e ver se realmente ela faz isso porque a agrada, ou a forma de ver a si mesma está, em sua maior parte, condicionada àquilo que os outros acham dela. Não teria sido ruim se eu tivesse informação e consciência o suficiente do tanto de cuidados que eu precisaria ter para cuidar de um cabelo alisado (e vamos combinar que dá mais trabalho que um cabelo natural né?), mas infelizmente tive que submeter meu cabelo durante quase 3 anos de alisamento.
          Não quero começar aqui o discurso que muitos fazem com relação a cabelos crespos/cacheados dizendo que a sociedade discrimina e parece que se você nasceu com o cabelo assim tem algo errado porque ele é "ruim", acho que a maioria das pessoas já sabem disso certo? Se não...que pena, está na hora de você se soltar dessas amarras sociais que nos fazem criar estigmas pois o que é bonito no Brasil é a diversidade, é você ter pessoas loiras e brancas com o cabelo cacheado, negros de cabelo crespo e olhos verdes e as misturas mais variadas de etnias, isso é lindo! Isso é ser brasileiro.
          Vamos ver as fotos né?


























quarta-feira, 30 de julho de 2014

A História dos meus cachos

Parte 1 - Infância

          Sempre pensei em escrever ou contar como eu assumi meus cachos. Esse caso de amor entre eu e meu cabelo nem sempre foi tão harmonioso e feliz! Precisei fazê-lo sofrer um pouco para entender como cuidar e apreciar sua verdadeira beleza.
          Vamos começar com a infância. Meu cabelo era bem fininho, liso na raiz, fazia uns cachinhos nas pontas, coisa linda de se ver.  Daí cresci e vi que cuidar dele não era tão fácil! Minhas irmãs quando penteavam ele faziam cachinhos coisa e tal... mas quando era minha vez de cuidar, não prestava.
        Quando eu tinha uns 7 ou 8 anos, às vezes dormia com ele molhado (o que é um pecado mortal pro cabelo), não fazia hidratação... enfim. Eu chorava horrores porque com o tempo ele ficou extremamente cacheado e era muuuuuuuuuuito, muito cabelo embora todos achassem ele lindo eu não gostava nenhum pouco, toda vez que eu dava minhas crises de ódio ao cabelo com direito a choro e drama meu pai falava: "- menina se tu continuar falando nesse cabelo eu vou passar a máquina nele" ótimo consolo hein!
          Em relação ao comprimento ele era enorme e muito volumoso. Meu sonho (como de muitas meninas cacheadas na infância) era ter aquele cabelo bem liso e disciplinado (às vezes me pegava sonhando em alguma fórmula mágica para que ele ficasse bem lisinho) não aceitava de forma alguma o fato dele me dar muito trabalho, no entanto, eu fazia investidas em produtos que prometiam abaixar o volume e dava certo no início, mas depois eu desleixava com os cuidados novamente e o ciclo era sempre esse: ódio e maus cuidados --> descobria um produto "milagroso" --> usava --> dava certo --> desleixava --> ódio e maus cuidados, e assim voltava o ciclo novamente.
          O fato era que eu queria um cabelo o qual eu mantivesse os cuidados como se ele fosse liso! Como assim? Bem sabemos que os cachos precisam de cuidados especiais e isso inclui mais de uma hidratação por semana e uso correto de produtos, justamente por causa da estrutura do fio e por ele ser mais seco do que um cabelo liso (coisa que não entrava no meu raciocínio de criança). Daí eu sempre deixava ele molhado, partido ao meio ou de lado, mas sempre lambido na raiz, o meu maior temor era quando ele secava porque eu sabia que ficaria volumoso, então eu amarrava e pronto.
          Hoje em dia eu vejo algumas fotos e penso que quando ele estava arrumado ficava tão lindo! Eu realmente sofria de um problema que eu intitulo de SCA (Síndrome do Cabelo Alto) kkkkkkkk. Eu explico essa síndrome e se você tem cabelo cacheado e já sofreu disso vai se identificar! E assim: você sempre acha que seu cabelo está volumoso quando seca, mesmo quando outras pessoas dizem que está ótimo e os cachos estão lindos, daí você olha no espelho e tudo que enxerga é algo grotesco, alto, terrível que precisa ser domado, então você não acredita nas pessoas e pensa frequentemente no que fazer pra se livrar desse cabelo que parece um "corpo estranho" em cima da sua cabeça (acho que fui um pouco dramática né? Mas era assim que eu me sentia).

Fotos




quarta-feira, 2 de julho de 2014

Férias o/


   


Julho começa e com ele meus projetos falidos de programas legais para as férias! Mas, já sei como isso termina: comigo usando pijama o dia inteiro em casa, me acabando na netflix! hahahahahaha
       Juro que estava com muitas ideias de posts durante minha correria do semestre... quando estava escrevendo um projeto de pesquisa eu ficava tão ansiosa que ao invés de fazer o trabalho eu postava no blog! Daí, quando as ideias surgiam eu pensava: vou fazer tudo isso nas férias! E cá estou eu de pijama tentando cumprir o que prometi a mim mesma.
       Falando em promessas, eu fiz uma para essas férias: aprender a cozinhar (nunca é tarde para aprender o que você já deveria saber..rs..rs). Pra ser sincera, eu andei por muito tempo fugindo da cozinha, cheguei uma época de mau saber onde se encontravam temperos e afins, eu era uma estranha naquele ambiente. Quando eu era criança adorava ajudar na cozinha cortando verduras, mexendo isso ou aquilo no fogão, me amarrava total. Mas as cenas da adolescência me remontam momentos em que eu chegava em casa, ia direto pro quarto e minha mãe ia pra cozinha e fazia o almoço em uma velocidade record (aquela mulher na cozinha é uma coisa de louco, no bom sentido). As raras vezes em que perguntei se ela precisava de ajuda eu ouvia: "- Não, só preciso que você desça em 10 min para por à mesa".
       Por fim, um belo dia eu acordei e falei: Vou aprender a cozinhar! Mentiiira Na semana que eu fiz 20 anos vi que precisava aprender alguma coisa já que não tirei minha carteira ainda e meu pai está enrolando pra me ensinar a dirigir, então esse negócio de cozinhar me pareceu uma boa, até porque hoje em dia o que você precisa pra cozinhar é saber ler e usar aquele aplicativo maravilhoso de receitas chamado "tudo gostoso"rs...rs... e lógico: os macetes da mama.

sábado, 17 de maio de 2014

Confissões de uma estudante de Psicologia



Quando pensei em fazer psicologia, tinha uns 9 ou 10 anos, muito cedo né? Mas não foi escolha definitiva, o curso só entrou pro hall de possíveis escolhas porque durante a vida escolar surgiram muuuuuuuitas outras opções, mas a Psicologia estava lá... intacta!
Perguntei para conhecidos que faziam o curso sobre como ele era e posso colocar as respostas genéricas todas aqui: "é um curso legal", " é maravilhoso", "tem que ler demais", " se você quer ganhar dinheiro, cai fora desse curso pq vc não ficará rica"... nada de novidade né?
Até que um dia ouvi algo incomum, ouvi um: - "Psicologia? Tem certeza? Comecei esse curso e não aguentei, é forte demais!" Confesso que não entendi bulhufas do que a pessoa queria dizer com "forte"ou "não aguentei"! Como assim? Pensei maleficamente: - Claro que você não conseguiu querida, você não bate bem das ideias, o que há de tão forte? O sofrimento? Ah, a vida é assim, mas eu vou estudar, ler... coisa e tal e pronto. Não é assim que a gente aprende as coisas?
Doce engano, ou melhor dizendo amargo engano!
Não quis me prender a estereótipos do tipo: "todo mundo que faz psicologia é porque tem problemas" ou "todo mundo que faz psicologia é doido", negava isso veementemente! Que isso.. é um curso de pessoas equilibradas, que sabem sobre si e querem ajudar os outros... os outros que precisam de ajuda! OUTRO engano, já te adianto que paguei a língua tá? Não precisa ficar aflito!
O grande outro sou eu mesma, eu que sou uma reles mortal, eu que preciso de ajuda. De onde surgiu essa onipotência inexistente e desmedida?
Quem faz psicologia é louco sim, mas isso não faz de você que não faz alguém "normal" até porque explicar esses próprios termos é um saco de tão complicado quando surge o tal do "depende disso ou daquilo".
E vou parando por aqui, com gostinho de quero mais até pra mim! Posso gastar algumas partes falando como cada pensamento meu pré concebido foi caindo, um a um e quer saber? Me sinto feliz por isso! É bom saber que estava errada, faz eu me atrelar a essa minha condição humana que me permite falhar e recomeçar. Enfim... por hoje é só!




P.S: esse é o início uma série de escritos chamada "Confissões de uma Estudande de Psicologia"! Vamo que vaamo!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Textos alheios parte 2


Amo textos, poemas, reflexões de gente que já morreu (principalmente da galerinha do modernismo e companhia: tia Cecília Meireles, tio Carlos Drummond de Andrade, Oswald...) Mas aqui, nesse espaço, eu prefiro texto que quem os corpos ainda exalam vida e de preferência alguém que eu possa dizer: oi colega, posso postar seu texto? Mas por que fazer isso? Estamos numa era digital e de um compartilhamento em massa de conteúdos os quais você não precisa fazer isso! Copie, compartilhe, coloque o nome se quiser, põe como se fosse seu... como se internet fosse Terra de ninguém e eu me recuso a seguir esse padrão internético (eu e meus neologismos 'nada a ver'). Aspas parecem não ser o suficiente, então adotei esse padrão intimista de humildemente ter o aval de quem escreve!

Tá aqui um texto do Sabino que de forma muito sutil, encheu meu feed de notícias do facebook de alegria quando começou a postar alguns textos, coisas simples, coisas da vida, a simplicidade às vezes pode ser confundida como algo superficial, mas não é! Na verdade, ela revela a profundidade de aspectos mais tênues de nós mesmos!

Apaixonou? Shiii, ferrou. 
"Vira e mexe a gente é surpreendido por declarações de casais apaixonados nas redes sociais. E antes de qualquer critica ou observação, gostaria de confessar que já estive nesse meio, ou provavelmente estarei daqui um tempo. Mas tem coisa que a gente só observa quando esta sóbrio, com a cabeça no lugar. Vem comigo, vamos fazer uma analise sobre a situação...

Primeira coisa, você jura que será pra sempre. E os argumentos são bem 'racionais': Um anjo me disse, nunca senti isso por ninguém, sinto que agora é pra valer, a gente se completa, nascemos um para o outro, e blá blá blá.
Caaaaalma, não to dizendo que vocês não vão ficar juntos, mas toma cuidado com o que anda prometendo, quem promete demais não foca na caminhada. Não vê os políticos?

Segundo, a tragédia que custa caro depois. A empolgaçao de estarem juntos é tanta, que não tem tempo pra mais nada nem ninguém. Você se afasta dos amigos e diz que seu melhor amigo é o seu amor. Ui, que lindo. Sair com a galera só se estiver com o love, se divertir só se estiver com o love, fotos no instagram só se estiver com o love, e tudo sem o love perde a graça, o sentido, as cores, e etc. (Deu nojo só de digitar).
E quando terminar? Vai chorar e morrer no colo de quem? 'Mas a gente nao vai terminar, esse amor é eterno'.

E a pior parte de todas. Geralmente quando se está apaixonado, a gente quer expor o que realmente sente pra pessoa amada. E quando surge a ideia de escrever algo, lascou. Sei que tem gente que se controla, amadureceu o suficiente pra se frear, mas a outra parte não quer nem saber, fala o que 'sente' e quanto mais 'bonito e romântico', melhor.
Mas acredite, tem coisas que deveriam ser proibidas de serem escritas, pro seu próprio bem!
'Você é minha VIDA!' , 'Nao sei mais viver sem você!', 'minha vida só tem sentido se tiver você!', 'é esse sentimento que me deixa viva!'.

NAAAAAAAOOOOOOOO!!!!! Nao, Nao e nao... Ta bom? Tranquilo? 
Eu entendo que a pessoa esteja apaixonada, mas percebe o que diz? Em outras palavras é mais ou menos assim: 'minha vida era uma merda, e passou a ter sentido quando você chegou'. 'Eu não sou nada interessante, e só me torno alguem porque você ta aqui'. 'Se você terminar comigo, se prepara, se eu morrer a culpa é sua'.

Eu sei que não é essa a intenção, mas avalie o que diz, mesmo que possa parecer bonitinho. Tenho certeza que um psicólogo faria uma analise sinistra em cima dessas falas. A menos que você tenha 12 anos e esteja apaixonada pela primeira vez, tudo bem. No mais, não é responsável dizer isso. Ou então, me manda cuidar da minha vida e me ignore. Beijos vida! Hahaha


Sabino Junior.

O que eu achei do texto? É simplesmente a tradução do que eu penso quando vejo essas demonstrações de amor eterno (com 1 semana de namoro) via face, instagram e por aí vai! Antes sinceramente me dava uma ira santa  (mentira Rebecca, a ira não tem nada de santa...rs..rs). Hj eu dou uma risada, e falo: Senhor, não deixa eu ficar assim!

sábado, 5 de abril de 2014

Barney Legendary Stinson


Primeiramente um, oi Emily! Estamos em Abril e essa é sua primeira postagem do ano? Sim! Falta de criatividade pra textos durante esse tempo, foi o que não faltou. Tempo pra escrever?Prefiro nem comentar. Lá vai um texto que tá guardado há tempos (1 mês só, nem sou exagerada), acho ele de um caráter muito pessoal. Mas a gente tá na chuva é pra se molhar né?





Eu nunca fui de acompanhar séries, mas tudo começou com Dr. House, uma série incrível a qual devo, euforia, choros e um certo sentimento de gratidão por ter preenchido meu ócio durante algumas férias e dado uma help no inglês, eu pretendia terminar de assisti-la até entrar outra série na jogada: How i met your mother (como conheci sua mãe).
Não pretendo dar detalhes de tudo, mas vamos a um pequeno resumo: se trata de um grupo de amigos, 5 no total, no qual um deles narra a história de como conheceu a mãe de seus filhos e isso dura 9 temporadas… longo né? Bom, a turma conta com um casal (Lily e Marshall), o “forever in love” e narrador de tudo (Ted Mosby), a bonita/inteligente/jornalista que foi incorporada ao grupo (Robin Scherbatsky) e claro o meu foco do texto Barney Stinson.
Eu poderia dar as características detalhadas de cada personagem porque gosto de todos, mas me aterei ao Barney pelo modelo de identificação que ele ofereceu pra mim, e porque ele é awesome :D.
O que é o Barney? Ele é o “putão” da turma.. hã? Isso mesmo! Garanhão, pegador, mulherengo (credo, tinha que usar esses adjetivos Emily?) se eu escrevi anteriormente que ele ofereceu um modelo de identificação pra mim, então quer dizer que sou assim? Nãão.
Confesso que no início da série não gostava muito dele, pra mim ele era o pegador chatão que usava terno o tempo inteiro pra conseguir mulheres e tentava fazer o Ted usar também ( “suit up, dude!”), não aceitava o fato do Ted e o Marshall serem melhores amigos, porque ele se incluía nesse título e a única coisa a qual eu achava fera eram os bordões ( “hi 5” e todas as suas variações, “what's up?” com a mãozinha pra cima também e por último o que está no título “ It’s gonna be LEGEN...whait for it.. DARY, legenday brow”).
Ele tinha tudo armado pra ser um “amante de uma noite só” e sabia fugir como ninguém no dia seguinte. Ele havia ficado no total com mais de 200 mulheres, tinha as táticas e mentiras mais malucas pra leva-las pra cama e tinha teorias completamente mirabolantes sobre mulheres e relacionamentos (todos os tipos), sempre exaltava suas qualidades de galã conquistador pros amigos que faziam piada e também se divertiam com suas aventuras. Eu pensava nele como alguém incapaz de estar em um namoro, enquanto Ted sempre buscava desesperadamente por relacionamentos, Barney rejeitava isso veementemente.
Quando foi que o Barney me “conquistou”? Quando a série mostrou o porquê ele tinha virado um babaca corporativo e mulherengo. Em um episódio aparece uma fita com ele de cabelo grande, vestindo uma roupinha hippie pedindo pra voltar com a namorada, compondo e cantando uma musiquinha brega de apaixonado pra ela. Todos os seus amigos viram isso (ficaram chocados) e então ele sumiu por semanas até contar que a garota que ele tinha amado, o havia traído com um cara (exatamente com o estereótipo dele: terno + exalando malícia) e foi nisso que ele se tornou, tinha percebido que não havia sentido em ser o natureba paz e amor.
Aí começou tudo a ficar claro, porque a série começou a “desenterrar” o passado dele pouco a pouco e eu fui entendendo como ele se tornou assim, claro que a cada acontecimento, alguns de seus amigos da turma tentava se aproximar dele pra entender seus eventos mais íntimos, mas ele sempre dava um jeito de desfazer a conversa e “seguir em frente”, mostrando o velho Barney de sempre (outra coisa que sempre me irritava era a eterna negação dele para as  questões mais íntimas do seu eu).
Pra adiantar, tudo que ele externava era uma capa de um passado que o constituiu e o tornou além de muitas coisas, dificultoso em expressar sentimentos, em estar em um relacionamento sério, a lidar consigo mesmo e seus acontecimentos passados (infância sem um pai, mãe que achava que supriria tudo, coisa e tal…)
E onde eu entro na história? Quando vi o episódio o qual ele demonstra que sente algo pela Robin (que só por questão de detalhe, já namorou o Ted), ele pediu ajuda pra Lily, mas guardou esse sentimento por mais de 7 meses. Quando ele soube que o Ted tinha voltado a “dar uns pegas” na Robin, ele ficou tão fulo da vida que quebrou uma série de Tv’s no container de lixo que tinha atrás do bar que a turma frequentava e na frente do Ted era mil risos, tudo numa boa. Foi aí que a “lâmpada” se acendeu na minha cabeça…
“Gente! Eu sou o Barney” foi isso que eu pensei (lógico que personagens externam seus defeitos e desajustes de uma forma escrachada) mas por que? Pensei nas minhas características:
(x) esconder sentimentos
(x) nega-los veementemente
(x) usar uma capa
A diferença está na capa minha gente, enquanto a dele é ‘womanizer’ a minha é ‘só penso em estudos, tapa na cara da sociedade, porque não preciso me relacionar’. Então eu passei a torcer por ele a cada investida, sofrer com cada recuada porque querendo ou não, o que acontecia com ele parecia uma previsão do que eu imaginava pra mim.
O namoro dele com a Robin foi um desastre! Se desgastou porque é muito difícil mudar velhos hábitos os quais você pratica há muito tempo, ele ganhou peso, brigava com ela o tempo inteiro e era orgulhoso demais pra admitir que não estava dando certo. Por fim, os dois perceberam o quanto o namoro tinha acabado com eles afinal, o Barney era o Barney… fiquei aflita ao pensar que essa poderia ser sempre sua sina.
Conforme ele foi resolvendo questões do seu passado, ele foi percebendo que não fazia mais sentido continuar sendo o que foi constituído durante anos, era hora de evoluir até porque ele já estava avançando na idade (tá, ele não era tão velho tinha uns 35 anos por aí….) Até que ele conhece outra pessoa, a famosa “the one” aquela pessoa que todo mundo espera pra ser sua.
A série está acabando mas eu espero um dia, ter a evolução do Barney, conseguir admitir sentimentos das mais variáveis naturezas e assumir uma parte do meu eu (derretida, apaixonada por romance, como todas as outras), parar de me sabotar e um montão de coisas por aí...no fundo, muita gente é um pouco Barney, temos nossas figuras expostas enquanto o fundo mostra outra coisa nos mais variados contextos e situações e é isso.