Primeiramente um, oi Emily! Estamos em Abril e essa é sua primeira postagem do ano? Sim! Falta de criatividade pra textos durante esse tempo, foi o que não faltou. Tempo pra escrever?Prefiro nem comentar. Lá vai um texto que tá guardado há tempos (1 mês só, nem sou exagerada), acho ele de um caráter muito pessoal. Mas a gente tá na chuva é pra se molhar né?
Eu nunca fui de acompanhar séries, mas tudo começou com Dr. House, uma série incrível a qual devo, euforia, choros e um certo sentimento de gratidão por ter preenchido meu ócio durante algumas férias e dado uma help no inglês, eu pretendia terminar de assisti-la até entrar outra série na jogada: How i met your mother (como conheci sua mãe).
Não pretendo dar detalhes de tudo, mas vamos a um pequeno resumo: se trata de um grupo de amigos, 5 no total, no qual um deles narra a história de como conheceu a mãe de seus filhos e isso dura 9 temporadas… longo né? Bom, a turma conta com um casal (Lily e Marshall), o “forever in love” e narrador de tudo (Ted Mosby), a bonita/inteligente/jornalista que foi incorporada ao grupo (Robin Scherbatsky) e claro o meu foco do texto Barney Stinson.
Eu poderia dar as características detalhadas de cada personagem porque gosto de todos, mas me aterei ao Barney pelo modelo de identificação que ele ofereceu pra mim, e porque ele é awesome :D.
O que é o Barney? Ele é o “putão” da turma.. hã? Isso mesmo! Garanhão, pegador, mulherengo (credo, tinha que usar esses adjetivos Emily?) se eu escrevi anteriormente que ele ofereceu um modelo de identificação pra mim, então quer dizer que sou assim? Nãão.
Confesso que no início da série não gostava muito dele, pra mim ele era o pegador chatão que usava terno o tempo inteiro pra conseguir mulheres e tentava fazer o Ted usar também ( “suit up, dude!”), não aceitava o fato do Ted e o Marshall serem melhores amigos, porque ele se incluía nesse título e a única coisa a qual eu achava fera eram os bordões ( “hi 5” e todas as suas variações, “what's up?” com a mãozinha pra cima também e por último o que está no título “ It’s gonna be LEGEN...whait for it.. DARY, legenday brow”).
Ele tinha tudo armado pra ser um “amante de uma noite só” e sabia fugir como ninguém no dia seguinte. Ele havia ficado no total com mais de 200 mulheres, tinha as táticas e mentiras mais malucas pra leva-las pra cama e tinha teorias completamente mirabolantes sobre mulheres e relacionamentos (todos os tipos), sempre exaltava suas qualidades de galã conquistador pros amigos que faziam piada e também se divertiam com suas aventuras. Eu pensava nele como alguém incapaz de estar em um namoro, enquanto Ted sempre buscava desesperadamente por relacionamentos, Barney rejeitava isso veementemente.
Quando foi que o Barney me “conquistou”? Quando a série mostrou o porquê ele tinha virado um babaca corporativo e mulherengo. Em um episódio aparece uma fita com ele de cabelo grande, vestindo uma roupinha hippie pedindo pra voltar com a namorada, compondo e cantando uma musiquinha brega de apaixonado pra ela. Todos os seus amigos viram isso (ficaram chocados) e então ele sumiu por semanas até contar que a garota que ele tinha amado, o havia traído com um cara (exatamente com o estereótipo dele: terno + exalando malícia) e foi nisso que ele se tornou, tinha percebido que não havia sentido em ser o natureba paz e amor.
Aí começou tudo a ficar claro, porque a série começou a “desenterrar” o passado dele pouco a pouco e eu fui entendendo como ele se tornou assim, claro que a cada acontecimento, alguns de seus amigos da turma tentava se aproximar dele pra entender seus eventos mais íntimos, mas ele sempre dava um jeito de desfazer a conversa e “seguir em frente”, mostrando o velho Barney de sempre (outra coisa que sempre me irritava era a eterna negação dele para as questões mais íntimas do seu eu).
Pra adiantar, tudo que ele externava era uma capa de um passado que o constituiu e o tornou além de muitas coisas, dificultoso em expressar sentimentos, em estar em um relacionamento sério, a lidar consigo mesmo e seus acontecimentos passados (infância sem um pai, mãe que achava que supriria tudo, coisa e tal…)
E onde eu entro na história? Quando vi o episódio o qual ele demonstra que sente algo pela Robin (que só por questão de detalhe, já namorou o Ted), ele pediu ajuda pra Lily, mas guardou esse sentimento por mais de 7 meses. Quando ele soube que o Ted tinha voltado a “dar uns pegas” na Robin, ele ficou tão fulo da vida que quebrou uma série de Tv’s no container de lixo que tinha atrás do bar que a turma frequentava e na frente do Ted era mil risos, tudo numa boa. Foi aí que a “lâmpada” se acendeu na minha cabeça…
“Gente! Eu sou o Barney” foi isso que eu pensei (lógico que personagens externam seus defeitos e desajustes de uma forma escrachada) mas por que? Pensei nas minhas características:
(x) esconder sentimentos
(x) nega-los veementemente
(x) usar uma capa
A diferença está na capa minha gente, enquanto a dele é ‘womanizer’ a minha é ‘só penso em estudos, tapa na cara da sociedade, porque não preciso me relacionar’. Então eu passei a torcer por ele a cada investida, sofrer com cada recuada porque querendo ou não, o que acontecia com ele parecia uma previsão do que eu imaginava pra mim.
O namoro dele com a Robin foi um desastre! Se desgastou porque é muito difícil mudar velhos hábitos os quais você pratica há muito tempo, ele ganhou peso, brigava com ela o tempo inteiro e era orgulhoso demais pra admitir que não estava dando certo. Por fim, os dois perceberam o quanto o namoro tinha acabado com eles afinal, o Barney era o Barney… fiquei aflita ao pensar que essa poderia ser sempre sua sina.
Conforme ele foi resolvendo questões do seu passado, ele foi percebendo que não fazia mais sentido continuar sendo o que foi constituído durante anos, era hora de evoluir até porque ele já estava avançando na idade (tá, ele não era tão velho tinha uns 35 anos por aí….) Até que ele conhece outra pessoa, a famosa “the one” aquela pessoa que todo mundo espera pra ser sua.
A série está acabando mas eu espero um dia, ter a evolução do Barney, conseguir admitir sentimentos das mais variáveis naturezas e assumir uma parte do meu eu (derretida, apaixonada por romance, como todas as outras), parar de me sabotar e um montão de coisas por aí...no fundo, muita gente é um pouco Barney, temos nossas figuras expostas enquanto o fundo mostra outra coisa nos mais variados contextos e situações e é isso.
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