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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Sobre o preconceito relacionado à psicoterapia



          Acho que estou meio atrasada para começar essas confissões, se já estou no sexto semestre muita coisa já rolou nesse período e um caminhão cheio de paradigmas meus já tombou e ainda tem uns pra caírem por aí!
          Começando com os primeiros dias de aula com a sala lotadíssima e os professores quebrando minha visão quanto à necessidade de fazer terapia durante o curso e eu pensei: - Era só o que me faltava! Me tratar pra ter que cuidar dos outros....haa não durou um mês! Durante meus estudos de filosofia sobre teorias aristotélicas, de Platão,  Descartes e outros sobre divisão ou não entre corpo e mente, fora história da psicologia, ciências sociais e outras matérias introdutórias que me fizeram voltar atrás quanto a minha objeção de fazer psicoterapia.
          É difícil explicar para as pessoas porque um graduando de psicologia precisa fazer terapia porque subtende-se que se a pessoa está estudando para entender o comportamento  ou a "mente" do ser humano invariavelmente ela estará apta o suficiente para entender seu próprio comportamento, certo? Errado! Somos convidados a descer do tablado de pseudo auto-conhecimento e admitir que temos resistência (psicanaliticamente falando...) para ter acesso e insight com certos conteúdos internos ou skinnerianamente falando nós não conseguimos discriminar com muita clareza as variáveis das quais nosso comportamento é função (uau, como é engraçado escrever a mesma coisa a partir de perspectivas teóricas diferentes, rs...).
          Enfim, será então que todo mundo TEM que se submeter à psicoterapia? Penso que não, porque há pessoas que conseguem passar pela vida e construir uma enorme resiliência diante das crises e sofrimentos que todos passamos ao longo de nossa trajetória. Agora, se você é estudante de psicologia faça! Digo isso em um modo bem imperativo mesmo porque embora o curso de psicologia não seja somente aprender coisas relacionadas à clínica, vale muito à pena vivenciar na prática o que estudamos e é uma jornada incrível que fazemos dentro de nós mesmos.

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