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segunda-feira, 28 de março de 2016

Industrialização Estudantil

O poema que segue abaixo é muito significativo nessa minha vida de estudante. Ele foi escrito no final do meu ensino médio, naquela época terrível que todos te fazem pensar que a escolha do curso superior é o divisor de águas da sua vida. O tempo passa e a gente vê que as escolhas são sucessivas, seguem e sempre exigem de nós uma posição, não pensava que diria isso mas quem dera se minha preocupação hoje fosse somente aquela de tempos atrás.

 Eu sou produto de uma máquina, uma máquina industrial
 Um produto em fase de produção
 Inacabado
 Instável
 Volátil, me misturando ao ar rapidamente
 Um ar denso, com moléculas de PAS, UNB e vestibular
 Voltando por algum motivo ao estado sólido
 Olho para os operários dessa indústria
 Operários variados, que volta e meia assumem a mesma postura: frente à lousa
 Tentam introduzir em mim algo abstrato, necessário, a matéria-prima: o conhecimento
 Moldando-o a mim, um produto cheio de defeitos, inseguranças...
 Querendo ser útil para o mercado e para a sociedade
 Será que funcionarei?


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